21.7.17

Resenha | O Coração da Esfinge - Colleen Houck (Deuses do Egito #2)

Título: O Coração da Esfinge | Autor(a): Colleeen Houck
Gênero: Literatura Estrangeira - Aventura, Romance, Mitologia Egípcia
Páginas: 368| Editora: Editora Arqueiro| Comprar: Compare e Compre
Avaliação:
Sinopse:A mitologia egípcia nunca foi tão fascinante! Com diálogos afiados e uma heroína divertida, a série Deuses do Egito é exatamente o que você poderia esperar da autora da excelente saga A maldição do tigre.” — Aprilynne Pike, autora da série Fadas
Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O despertar do príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Resenha
Os Filhos do Egito não deveriam ser julgados, mas como Amon tinha se ligado a Lily, uma humana, a deusa Maat decidiu que seu coração deveria ser pesado na Balança da Verdade e da Justiça – aquela pela qual todos (com algumas poucas exceções) devem passar quando morrem. Apenas para dar uma checadinha. 
Esse não deveria ser um problema para Amon, já que ele estava em equilíbrio e seria considerado digno. Porém... Ele não estava mais em posse do próprio coração. Por isso, fugiu. 

Além disso, Amon estava exausto da “vida” que levava. Cansado de fazer tudo que os deuses mandavam, ele desistiu da sua missão, abandonando seus irmãos e a segurança do além em troca da incerteza do mundo dos mortos. Contudo, a pior parte de vaguear pelo mundo dos mortos não eram os ataques intermináveis dos monstros e os vários perigos fatais que o rodeavam. A pior parte também era a melhor. Ele ainda podia sentir Lily, mesmo ela estando distante. Em outro mundo. 
“Talvez fosse egoísmo de sua parte manter a conexão, mas simplesmente não conseguia abandonar Lily. Ainda não. Não enquanto houvesse uma chance. [...] A verdade era que, enquanto Lily fosse dona do seu coração, ele lutaria.” 
Lily também podia senti-lo. Na verdade, aparentemente, essa era a única coisa que ela conseguia fazer. Pensar em Amon. Após conhecer Amon e viver uma aventura no Egito, ela começou a abrir seus horizonte e ver a vida de forma diferente da que via antes. Seus pais não a escutavam e sempre menosprezavam suas escolhas, então, para manter pelo menos a “paz”, ela aceitou cursar a faculdade que eles escolhessem – a faculdade nem era mais algo importante para ela –, desde que permitissem que ela passasse o verão na fazenda da avó. E deu certo. Eles aceitaram a proposta. Porém, o que a jovem não esperava era que, na fazenda de sua avó, ela receberia uma visitinha de ninguém mais ninguém menos que Anúbis

Em toda sua gloria divina, com roupas country – para se adequar ao ambiente. Haha - o deus egípcio da mumificação surge no quarto de Lily para lhe pedir ajuda. Os deuses precisam encontram Amon. Ou melhor, precisam que ELA o encontre. 
“Quando a gente lida com um mundo de deuses e deusas, corações figurativos e feitiços, poderes sobrenaturais e criaturas monstruosas, não se pauta pelo cérebro, mas pelo coração. E o meu dizia que Amon precisava de mim.”
Os Filhos do Egito – Amon, Asten e Ahmose – estão conectados entre sim, por isso, romper essa ligação não apenas os deixam fracos, mas também faz com que o mundo fique vulnerável novamente a Seth, o deus do caus. 

Mas por que Lily, uma mortal sem poder algum? 

Porque ela é a única que está conectada com todos os três Filhos do Egito. Ela é especial. A única que possui esperanças de sobreviver à jornada no mundo dos mortos para salvar o nosso mundo do pior tipo de escuridão e malignidade, salvar a vida de Asten e Ahmose e salvar Amon da tortura que era está vivendo. E pior, com pressa, pois se Devoradora de Almas colocar as garras em Amon, além do sofrimento de seu amado se tornar eterno, a Devoradora ficará forte o suficiente para escapar dos confins do mundo dos mortos. 

Mas antes da arriscada aventura começar, Lily terá que se tornar uma esfinge
“Nesse momento não éramos leoa e humana residindo no mesmo corpo. Éramos alguém novo, alguém poderoso – um ser natural que era totalmente... outro. Um guerreiro que desejava lutar, e não por amor ou dever, nem por alimento ou para proteger os filhotes. E sim porque esse era o nosso propósito.” 
Nenhum dos deuses poderia fazer aquilo. Apenas a esfinge. Uma forte leoa e uma determinada jovem mortal – conectada aos Filhos do Egito – em um mesmo corpo, que acabarão sendo as heroínas ou as vitimas trágicas. As primeiras de uma longa lista na guerra entre o bem e o mal, caso não conseguissem chegar a Amon antes da Devoradora. 
“Você, minha cara, com uma linha direta com o coração de Amon, vai nos poupar tempo. Você é nossa melhor chance.”
Tenho um imenso carinho por essa série, desde o primeiro volume, pois, antes de iniciar a leitura de O Despertar do Príncipe, ou não tinha um pingo de interesse na mitologia egípcia. Mesmo sem conhecer nada sobre, eu já desgostava. Agora, olha só... Amooooo tanto! 

Mitologia é o que não falta em O Coração da Esfinge. Tem até mais do que no livro anterior. O que, claro, me agradou e muito. Apesar de haver muita ficção, o livro possui muito da mitologia “real”. O que mostra que a escrita exigiu bastante pesquisa da autora e que ela soube fazer um misto perfeito do já conhecido com o que ela criou. Os encantamentos, os mundos, os seres, as profecias, os deuses... É tudo muito fantástico e maravilhoso! 

Além da mitologia, a história está recheada de aventura, suspense e muito mistério. O leitor sente toda a tensão que a história passa, o que faz com que ele se sinta ainda mais envolvido na história e ansioso com desfecho da aventura narrada. 
“Se há uma coisa no Universo pela qual valha a pena viver, e lutar, é amor.”
Na ambientação a história também não perde pontos. Com nossos protagonistas, iremos ir ao além, viajar pelo canal do céu e terra, caminhar com os guardiões, percorrer o caminho dos hipopótamos brancos, mergulhar no Lago do Fogo e nas Águas do Esquecimento, visitar a Floresta Turquesa, ultrapassar o pior lugar no mundo dos mortos, o Pântano do Desespero, e muito mais. 
“Ver o nascer do sol é abraçar a vida. O por do sol e onde você vai encontrar a morte.” 
Os personagens continuam encantando o leitor. Lily é uma personagem forte, determinada, muito corajosa e, ao mesmo tempo, crível. Até mesmo depois de se tornar uma esfinge, ela tem um lado humano, real, cheio de sentimentos, dores e sensações. 

Confesso que senti bastante falta de Amon, mas, por enquanto, com nosso príncipe egípcio em perigo, seus irmãos, Asten e Ahmose, irão mais uma vez nos presentear com sua presença. E aconteceu o que já era esperado – com todo aquele charme egípcio – me apaixonei ainda mais pelos dois. 

A determinada, divertida e ás vezes ate sábia Leoa Tia, com quem Lily divide seu corpo desde que ambas se tornaram esfinge, e o sedutor deus Horús, também conseguiram me conquistar. 
“Mais que depressa, Asten e Ahmose seguraram minhas mãos e começaram a correr. Não tínhamos mais tempo.”
Indico o livro principalmente a todos os fãs da mitologia egípcia, mas não só para esses... Se você nunca leu nada sobre, e até talvez acha que não gosta, indico para você. Se você conhece pouco, e também acha que não gosta, também te convido a conhecer, pois, quem sabe, isso seja revertido. Eu era uma que nada sabia, nada gostava do tema, mas acabei amando. Foi uma leitura prazerosa e eletrizante, espero que aconteça o mesmo com vocês também. 
“Como Filhos do Egito, podemos manipular encantamentos para controlar o que não é visto, mas o amor é um encantamento impar, incontrolável, mais poderoso do que qualquer coisa que os deuses possam criar.”

12 comentários

  1. Eu já vi tantos comentários negativos sobre essa história, que até desanimei de ler, a sua é a primeira positiva que leio. Gostei de saber mais sobre e saber que tem muito da cultura egípcia que não conheço nada!

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  2. Eu tenho curiosidade com essa série e achei a sua resenha muito boa, me deixou ainda mais animada para realizar a leitura dos volumes. Eu gosto muito de qualquer tipo de mitologia, mas nunca li nada sobre a mitologia egípcia (pelo menos não estou lembrada). Acho as capas maravilhosas e espero ler em breve.

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  3. Oii
    Pulei um pouco da resenha porque ainda não li o primeiro livro, mas tenho ela na minha lista de desejados exatamente pelo fato de AMAR mitologia egípcia desde pequenininha, meu sonho é ir ao Egito e visitar as Pirâmides <3
    Fiquei feliz em saber que o livro mudou seu interesse pelos egípcios. hehe

    Vícios e Literatura

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  4. Oiii linda tudo bem?
    Infelizmente dessa vez a obra não despertou meu interesse, nunca fui meio chegada nessa trilogia mesmo, desde que houve o lançamento do primeiro livro estou a fugir, diante da quantidade de livros, ótima resenha e fico feliz que tenha gostado.
    Beijinhos

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  5. Oii, tudo bem?
    Não conhecia essa trilogia mas me chamou bastante atenção, gosto de livros que envolvem mitologia, seja qual for hahaha ainda não li nada de mitologia egípcia, acho que irei tentar essa trilogia.
    Beijos!
    Páginas Empoeiradas

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  6. Olá,
    Já faz um tempo que eu quero conhecer a escrita da autora. Acho muito legal a temática dos livros dela, desde os livros do Tigre. Com a sua resenha me interessei ainda mais, mas preciso começar pelo primeiro livro. rsrs
    Beijos
    Blog Relicário de Papel

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  7. Olá! Gosto muito de livros e histórias em geral sobre deuses e mitologia, adoro esse universo mítico e tão cheio de pontos a serem explorados. Esse livro eu ainda não li, quem sabe se eu tiver a oportunidade eu leia!
    Beijos.

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  8. Olá, tudo bem?

    Eu tenho curiosidade sobre essa série Deuses do Egito, ontem mesmo eu li a resenha do volume 0.5 se não me engano. Parece ser uma leitura legal, tendo em vista que gosto de história e mitologia. Talvez eu solicite para a Editora Arqueiro. Gostei da sua resenha. Bjs

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  9. Oi, tudo bem?
    Eu adoro conhecer novas mitologias e conhecia pouco sobre a egípcia, e este livro me fez ficar mais interessada, e acho incrível o trabalho da Colleen!!
    Bjs

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  10. Duas coisas me chamam atenção nesta série, primeiro as capas, que são divinas e depois o fato de ter mitologia egípcia no enredo. Adoro isso. Apesar disso,não li a série ainda. foi bom saber que a série continua boa.
    Bjs Rose

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  11. oieee, li o livro e sinceramente não gostei, a autora enrola de mais e sempre implica de colocar um trio amoroso e dessa vez foi uma tragedia o que ela fez com o romance, fiquei muito decepcionada com o livro tanto que nem sei se lerei a sequencia.

    xoxo

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  12. Olá!
    Eu tenho vontade de ler essa série, mas não tenho coragem porque a maioria dos comentários que vejo são negativos :( Mas gostei de saber que você curtiu a leitura, e quem sabe em breve eu não a faça também?
    Beijos.

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Muito obrigada pela visita, espero que tenha gostado!

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