RESENHA: SIMON VS. A AGENDA HOMO SAPIENS - BECKY ALBERTALLI

Olá gente! Desde a primeira resenha que li sobre esse livro, me interessei em lê-lo. Buscando algo "diferente" do que tenho lido ultimamente, não pensei duas vezes - e que bom que fiz isso!.

"É o seguinte: o nome Simon quer dizer “aquele que ouve” e Spier quer dizer “aquele que observa”. O que significa que estou destinado a ser fofoqueiro"

Título Original: Simon vs. The Homo Sapiens Agenda
Título no Brasil: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens
Assunto: Literatura Estrangeira - Relacionamentos
Autora: Becky Albertalli
Tradução por: Regiane Winarski
Páginas: 272
Editora: Intrínseca
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Ano de publicação: 2016
Avaliação:

Sinopse

Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte.

Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar.

Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu.

Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.

Resenha

Em Simon vs Diário Homo Sapiens conhecemos mais sobre Simon, um menino gay que ainda não "saiu armário", aliás, não tem pressa e nem se preocupa com isso. Ninguém sabe da sua homossexualidade, exceto Blue. A cada e-mail trocado, os dois se aproximam mais, descobrindo problemas e gostos em comum.

"Acho que você é o mais perto que já cheguei de um diário."

Mas a história realmente começa quando Martin, um "colega" de escola de Simon, acaba descobrindo tudo, e com capturas de telas do e-mail trocados entre os dois, começa a chantagear Simon.

E isso acaba fazendo com que ele comece a refletir sobre oque mais se recusava a pensar. Sair ou não do armário?

...

"Agenda Homossexual? Não sei. Acho que está mais para Agenda Homo Sapiens."

O livro é narrado em 1º pessoa, pelo ponto de vista de Simon. A escrita é bem direta, simples mas atual e inteligente, e flui muito bem.

Confesso que no começo achei que não iria gostar tanto do romance entre Blue e Simon, tinha quase certeza que seria algo forçado, mas felizmente isso não ocorreu. A narrativa é bem natural e realista, em poucos momento eu via a história como "a história de um gay preso dentro do armário", pois não é só isso, trata de vários assuntos como: amadurecimento, amizade, família, homofobia, romance...

"As pessoas são mesmo como casas de quartos grandes e janelas pequenas. E talvez seja mesmo uma coisa boa que a gente nunca pare de surpreender os outros"

A leitura é bem leve e divertida, com certeza a autora mandou muito bem, tratou de um assunto polemico e importantíssimo de uma forma delicada e bonita. O leitor se coloca no lugar de Simon, ansioso para descobri quem é Blue. O casal formado é muito fofo, shippavel do começo ao fim do livro e a todo momento entre os dois você está lá torcendo por eles. 

Os personagens secundários também são ótimos. A família de Simon é adorável, se preocupa com o filho, claro, mas busca sempre o entender. Os amigos então, incríveis. 

"Tudo é como sair do armário."

O livro só não superou tanto minhas expectativas em relação ao final, esperava muito mais. Foi lindo? Sim. Mas achei que poderia ser bem melhor, fiquei com a ideia de que faltava algo para acontecer. Queria mais páginas e mais acontecimentos!

Mesmo com esse ponto negativo a leitura, sem dúvidas, valeu a pena!

Indico o livro pra todos, acho que ele nos passa várias mensagens e lições que podemos – devemos – levar para a vida. Sem contar que é o presente perfeito para aquele "amiguinho" homofóbico.

"Até que é bom não ter que ser tão crítico, pelo menos uma vez na vida."