7.1.19

Resenha | Graça e Fúria - Tracy Banghart


Título: Graça e Fúria | Autora: Tracy Banghart
Gênero: Fantasia | Editora: Seguinte | Páginas: 304
Avaliação: ★★★★★ 
Sinopse: Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas.
Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro.
Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes.
Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.
RESENHA
“A opressão não é um estado final. É um peso que se carrega até que não se possa mais. E então ele é removido. Não sem esforço, não sem dor (...) a opressão, sempre, sempre seria combatida e superada.” 
Em Viridia, mulheres são nascidas e criadas para servir aos homens, que são os únicos que possuem direitos – inclusive o de fazer com as mulheres o que bem desejarem. O reino sempre foi governado por homens, nem mesmo rainha havia, apenas os superiores governavam. O posto mais alto que uma mulher podia alcançar em Viridia era o de graça-maior – as graças eram mulheres, necessariamente, lindas, que deveriam viver com o superior e a disposição dele, a graça-maior tinha a honra de ir a cama com ele e era a responsável de coordenar as graças abaixo dela.

A cada três anos, os superiores e seus herdeiros escolhem três graças. O superior atual do reino já possuía cerca de quarenta. Já circulavam especulações a cerca de sua saúde quando ele anunciou que não escolheriam mais graças. Em seu lugar, seu filho herdeiro, Malachi, faria sua primeira seleção. 

Serina foi criada para ser perfeita, para que, quando chegasse a sua hora, fosse escolhida pelo herdeiro como graça e, dessa forma, pudesse garantir conforto à família. Nomi, pelo contrário, sempre foi contra tudo relacionado às graças e ao que aquilo representava. Sempre sonhou em ser dona de seu próprio destino, em ter escolhas e poder para escolher. 


Mas, por um deslize, um tombo do destino, é Nomi quem acaba sendo escolhida, e Serina torna-se sua aia... Porém, quando é pega com o livro, que Nomi havia pegado escondido da biblioteca do palácio, e presa. Bem, não só presa. Serina é levada à prisão feminina Monte Ruína, uma ilha abandonada para onde as mulheres consideradas perigosas eram levadas. Lá, tudo é escasso, por isso (não exclusivamente, é claro!), as mulheres têm que lutar, literalmente, em um ringue, entre si, para conseguir suprimentos. 

“Serina sempre tinha presumido que as mulheres enviadas para lá eram as mais depravadas de Viridia. Nunca, nem em seus piores pesadelos, imaginara que seria uma delas.” 

Convido-os a ler o livro e saber como será o desenrolar desta história... 


A premissa do livro é maravilhosa para que eu quisesse de cara ler, mas ao a editora Seguinte me enviar um exemplar e indicar especialmente aos fãs de A Rainha Vermelha e A Seleção eu me animei ainda mais. 

“Não deixe que ninguém a veja perto de livros. Seu desejo fica óbvio.” 

Li um livro há um tempo, mas, desde então, já o peguei diversas vezes para reler as citações marcadas. E sempre tenho essa vontade. Isso porque, acima de tudo, em minha opinião, Graça & Fúria é um livro necessário de tão inspirador. Além de mostrar a merda toda que a sociedade é para as mulheres, mostra o quanto é importante resistir e lutar pelo que você acredita ser o certo, contra as injustiças do mundo, contra a opressão. Deixa claro também o valor da união, nesse caso, a união feminina. A leitura é maravilhosa, porém confesso que é final que dá um soco legal no estomago do leitor. 

“Talvez nossas vidas possam ir além de sobrevivência um dia. [...] Um dia, as coisas serão diferentes. Eu sei. Vou fazer isso acontecer.”

Eu já esperava que houvesse bastante semelhança com A Seleção e A Rainha Vermelha, e, realmente, há. Está claro na sinopse! A escolha das graças e bem idêntica a escolha das selecionadas, e a relação com A Rainha Vermelha está na dúvida e desconfiança que fica pairando em relação a uns personagens. 

Ler Graça & Fúria no momento atual tornou a leitura ainda mais intensa, portanto, indico que leiam, e algo. Não li o livro rapidamente, por falta de tempo, mas a leitura em si é rápida e bem envolvente. Mesmo abordando assuntos sérios, é leve, pois flui bem. O final é muito emocionante e deixa o leitor SEDENTO pelo próximo volume. Terminou bem no ápice, e não sei se fico triste ou puta com a Tracy. 

Entretantooo, ao terminar a leitura, o livro me parecer bem introdutório. Creio que o próximo livro será de tirar o fôlego, que trará personagens bem mais fortes... e rebeldes. 

“Mas sua irmã sempre esteve certa. Valia apena se rebelar. Só o ato de resistir podia mudar o mundo.” 
Além do conteúdo, a parte física é maravilhosa e singular; como se fossem duas capas, a capa e contracapa trazem as duas irmãs.

 

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